Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I João 1:7


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domingo, 12 de dezembro de 2010

Na Mira da Verdade


Clóvis e seu uso desonesto de Ellen White – Parte 3

Publicado em , por leandroquadros
Postado em: Apologia, Debates, Heresias
O homem pode mudar seu destino? Para o apóstolo Paulo, sim
“Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (1Co 9:27)
Será que Clóvis sabe definir a predestinação melhor que o apóstolo? Talvez algum fã das heresias dele pense que sim, mas, se for sincero de coração e permitir que a Bíblia fale por si só mudará seus conceitos assim como vários irmãos ex-calvinistas que escrevem neste blog.
Paulo diz claramente que ele tinha que lutar contra o pecado para que ele não fosse desqualificado. Ora, se Paulo possuía a certeza de que ele “não podia mudar de caminho”, por que ele mencionou a possibilidade de ser desqualificado? Depois da ressurreição o apóstolo ficará surpreso com a “interpretação” calvinista desse texto que por si só (o verso) dá um basta na predestinação fundamentalista.
Há pelo menos três possibilidades de interpretação para 1Co 9:27 (há outras):
1) Paulo não disse o que disse;
2) Paulo não conhecia o conceito de predestinação por achar que poderia ser desqualificado se não exercesse seu domínio próprio;
3) Paulo sabia que mesmo salvo poderia ser desqualificado se não continuasse em sua caminhada cristã.
Prefiro a terceira opção por que aceito a Bíblia como ela é e não a adapto a uma doutrina que possa satisfazer meu ego. Também dou preferência à terceira opção por que, apesar de ser pecador, o Espírito Santo me ajuda a entender Hebreus 3:13 sem querer “calvinizar” a Palavra de Deus:
“Pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.” (Hb 3:13)
Aqui a Bíblia diz que o ser humano pode ser endurecido pelo engano do pecado. Na concepção de Clóvis, Deus é quem endurece (a interpretação feita pelos calvinistas de Êxodo 7:3 e Romanos 9 é precária, como já demonstrei em outras respostas). Hebreus 3:13 orienta a nos exortarmos uns aos outros para não sermos endurecidos; já o calvinismo diz que os eleitos não podem ser endurecidos pelo pecado mesmo que queiram.
Veja que o conselho de exortação perde todo o sentido se Deus já definiu que um indivíduo irá se perder. E aí? Você que é leitor do blog de Clóvis aceitará a Bíblia ou será guiado por ele para compreender a teologia?
Além disso, o Criador estaria enganando a Si mesmo ao expressar em Deuteronômio 5:29 da seguinte maneira:
Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre!”
Percebeu o desejo de Deus? Ele queria que o povo de Israel tivesse um coração firme em Sua Lei, porém, eles O rejeitaram. Se Deus tivesse predestinado os Israelitas para serem rebeldes, por que ele expressaria um anseio tão profundo com as palavras “quem dera”? Como ele poderia dizer “Quem dera” e ao mesmo tempo predestinar para a perdição? Ele estaria indo contra os próprios sentimentos!
E, para continuarmos pensando: será que Deus elegeu Israel para que adorasse o bezerro de ouro? (Ex 32:4). Caso sim, como Ele poderia ir contra a Sua própria Lei?
Romanos 8:29
Voltando a Ellen White, ela interpretou Romanos 8:29 da forma correta – ao contrário de Clóvis. O texto diz claramente que Deus predestina as pessoas “para serem conforme a imagem de Seu Filho” não com a finalidade de excluir alguns da salvação e sim “a fim de que ele [Jesus] seja o primogênito entre muitos irmãos”. Nada em Romanos 8:29 sugere a predestinação calvinista. O texto nos mostra as fases da salvação e demonstra claramente que a predestinação – nesse contexto – é para o ser humano ser à imagem de Cristo e não para que ele seja perca e se torne à imagem de satanás.
Ler o texto em partes e relacioná-los com outros que tratem do mesmo assunto possibilitará ao estudante extrair o verdadeiro ensinamento bíblico sobre a predestinação.
Conclusão
Enquanto que Clóvis é impreciso, tendencioso e carente de base bíblica para sua frágil argumentação, o calvinismo é antibíblico, inconsequente e irresponsável por denegrir o caráter de Deus.
Não há discordância entre meu posicionamento e o de Ellen White. Por que Clóvis não levou em conta toda a minha opinião sobre o assunto? Por que descontextualizar as citações da Sra. White? Por que não citar o texto do livro “O Desejado de Todas as Nações”, p. 827, antes de apresentar o verdadeiro posicionamento dela sobre o assunto? Seria honesto isso?
Espero que o moderador do blog Cinco Solas seja humilde o suficiente para reconhecer o tamanho de seu “bola fora”. Também desejo que ele supere seu problema emocional que o torna impulsivamente exagerado (desculpe-me pela redundância) em querer me refutar a todo custo como se isso fosse uma das coisas mais importantes a se fazer na vida.
E, almejo de coração que todos os leitores reconheçam que, ao mesmo tempo em que é Soberano, Deus é Onipotente. Ele tem poder suficiente para mudar o curso da história se eu permitir que o Espírito Santo me convença de que preciso de Jesus. Não importa a condição na qual a pessoa se encontre: o Eterno pode transformar a vida daquele que se entrega a Jesus e lhe dar uma segunda chance para que seja feliz.
Uma das belezas do evangelho está no fato de Deus abalar as estruturas do coração do pecador mesmo que a princípio este tenha rejeitado a Cristo. A alegria da salvação que inunda o íntimo do ser é aquela que vem da certeza de que o Pai é o Deus dos impossíveis e que, por pior que um indivíduo seja ele pode ser alcançado pela graça Divina que coloca no coração uma inimizade contra o mal.
Essa inimizade – assessorada pelo Espírito – o capacita a caminhar pela fé pela estrada da santificação, “…sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).
“Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.” (1Co 10:12). É essa “tensão” entre o já estou salvo e o ainda não estou salvo que conscientiza o cristão de que precisa perseverar até o fim se quiser receber a recompensa final (Lc 21:19). Sem a possibilidade de cairmos o texto de Paulo não teria sentido e nos tornaríamos cristãos preguiçosos que pouco fazem pela própria santificação.
Seríamos robôs nas mãos de Deus programados para amá-Lo sem que pudéssemos expressar esse amor livremente e de maneira desinteressada.
A própria essência Divina – que é amor – nos ensina que um Deus amoroso deu poder para que seres humanos pecadores se tornassem livres para amar. Negar isso é ignorar a própria essência da natureza de Deus que criou seres livres para amar.
Do mesmo modo que no verdadeiro amor não há lugar para a coerção, na Bíblia não há lugar para a predestinação calvinista.
No “Assim Diz o Senhor”,
Leandro Quadros.

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