Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I João 1:7


Somos o clube de desbravadores da igreja Adventista do 7º dia do bairro dos Bancários, 6ª Região - João Pessoa PB. Vc q é desbravador ou apoia esse ministério, seja bem vindo e MARANATA!!!

Boas Vindas

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Na Mira da Verdade

Clóvis e seu uso desonesto de Ellen White – Parte 1

Já faz algum tempo que não entro no debate sobre a predestinação calvinista devido ao meu tempo (que é curto) e a minha indisposição de refutar o que já foi refutado. Minha nova atividade como pai tem sido uma bênção em minha vida de modo que tenho passado mais tempo com minha filha do que com os hereges. E não poderia ser diferente, não acha?
Porém, tive que voltar a escrever sobre a diabólica doutrina calvinista por que Clóvis, moderador do blog Cinco Solas, extrapolou em sua ignorância. Como a salvação de muitas pessoas está em jogo não posso deixar de demonstrar a insensatez em se defender o calvinismo e as implicações morais disso. Por isso escrevi tal artigo.
Ninguém é obrigado a “saber de tudo”, mas, não ter o mínimo conhecimento da forma como se utiliza uma fonte primária para corroborar as próprias ideias é um atentado à inteligência e um falso testemunho contra o cristianismo.
Clóvis tentou “provar” que Ellen White e eu discordamos a respeito da predestinação. Seu atentado contra o bom uso das devidas fontes revela sua insensatez e, pelo visto, má fé. Nos primeiros debates pensei que ele era uma pessoa interessada em aprender com a troca de ideias, mas, hoje percebo que, talvez motivado por uma extrema carência afetiva (todos nós temos – em maior ou menor grau) ele sente uma profunda satisfação em escrever contra minha pessoa com o objetivo de “provar” ao público – a todo custo – que estou errado.
Esse desejo doentio de querer aparecer – tentando desmerecer um oponente – precisa de tratamento. O mesmo começa quando a pessoa examina a própria vida, descobre a origem de seu problema e tenta preencher seus buracos emocionais com a presença do Espírito. Ela não mais tapará os buracos emocionais por meio de atitudes infantis e apego a uma doutrina como se ela fosse a motivação de sua existência.
Como não estou aqui para fazer uma análise psicológica de ninguém (até por que não sou psicólogo) mostrarei a você os erros de Clóvis e deixarei mais alguns textos – dos muitos que ele e o Pr. Nozima ignoraram em nossos debates – para evidenciar, leitor sincero, a incoerência da predestinação calvinista e a urgência de abandonar uma crença tão perversa.
Sarcasmo não é apologética
Clóvis começa seu artigo dizendo que Ellen White é minha “heroína” com o claro objetivo de propagar a “informação” de que os adventistas do sétimo dia têm apego exagerado a Ellen White. E isso como se ela fosse nossa “papisa”, como escrevem alguns desinformados.
Esse tipo de “rótulo” apologético muitas vezes é utilizado pelo oponente em seu desespero em evitar com que os irmãos de outras igrejas mantenham contato com os adventistas. Porém, não é este o caso de Clóvis. Suas pretensões apologéticas são outras e o seu desespero também é outro: satisfazer sua “necessidade” de “provar que o Leandro Quadros está errado.”
Ele nada ganha com isso e também deixa visível para o leitor informado que ele não sabe usar corretamente dos princípios apologéticos ensinados na Bíblia (um deles é repreender o oponente com a Palavra – 2Tm 2:24-26). Quando queremos provar que uma pessoa está errada podemos até usar do bom humor e daquelas “sacadas” que fazem o leitor dar boas risadas. Todavia, o utilizar-se da estratégia rotuladora põe em dúvida o cristianismo da pessoa e pode envergonhar a igreja a qual ela pertence.
Se ele conhecesse a posição oficial adventista sobre Ellen White veria que mesmo considerando-a profetisa não a idolatramos e que a estima que temos por ela é a mesma que um cristão saudável espiritualmente nutre para com os demais irmãos na fé.
Mas, olhando para a vida de Ellen White reconheço que o moderador calvinista tem certa razão, pois, uma mulher que criou filhos, sofreu com o luto desde cedo, trabalhou incansavelmente pelo evangelho, ajudou financeiramente jovens a estudarem e deixou mais de 100.000 páginas escritas à mão – mesmo não tendo completado o primário – tem que ser uma heroína mesmo…
A citação do Dr. G. C. Berkouwer
Não tenho culpa se Clóvis não encontrou a citação do referido Dr. calvinista que deixou de lado tal crença monstruosa. Lembro-me de haver informado ao oponente que tirei a opinião dele de um livro onde o Dr. Hans K. LaRondelle conta de sua experiência com o referido teólogo.
O Dr. LaRondelle foi aluno de Berkouwer e é um reconhecido teólogo adventista. Por isso, não vejo necessidade de duvidar-se dele ainda mais sendo sua experiência com o professor registrada no livro “O Futuro – A visão adventista dos últimos acontecimentos” (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress: 2004), p.23. O defensor calvinista poderá consultar tal fonte ou ir diretamente ao livro original de Berkouwer em inglês, intitulado “Divine Election”.
Não disponho de tempo para procurar por ele.
Convém destacar que mesmo o doutor calvinista sendo universalista isso em nada desmerece o citá-lo como fonte. Por exemplo: nenhum acadêmico concorda com tudo o que escrevem os autores que ele cita em sua dissertação ou tese, mas, se utiliza daqueles conceitos que dão apoio para suas ideias centrais.
Por que eu não poderia citar um autor calvinista com o qual eu não concorde em tudo? Um bom manual de estilo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) evitaria que Clóvis, em alguns de seus artigos passados, me desmerecesse por citar tal escritor.
Quando a humanidade recebeu o livre-arbítrio
“Interessante” é a maneira equivocada como meu oponente transcreveu minha opinião sobre o livre-arbítrio. Ele deu a entender que é minha crença de que apenas na cruz Jesus nos devolveu a capacidade de escolhermos nosso caminho, sem ao menos ter considerado toda a minha opinião (bíblica) sobre o assunto.
Na cruz Jesus possibilitou que o poder de Deus atuasse de forma mais concreta em nós por causa da presença do Espírito Santo (Jo 16:8-10). Porém, não partilho da crença exposta por Clóvis. Acredito que mesmo sendo a cruz o momento histórico que Deus pôde aplicar de forma plena os méritos de sua graça à humanidade (de modo que a possibilidade do livre-arbítrio materializou-se), o livre-arbítrio foi devolvido no Éden.
E isso não é difícil de perceber quando lemos Gênesis 3:15. Clóvis pode até tentar “calvinizar” também esse texto, mas, sem sucesso: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
Deus colocou a inimizade para com o mal no coração humano. Mesmo dependendo do Criador para sermos bons (Fp 2:13), Ele colocou uma inimizade tal contra satanás que, com a ajuda do Espírito Santo, podemos escolher ser salvos ou não.
É esta inimizade colocada por Deus que nos ajuda a escolhermos aceitar a Jesus ou não. Sem ela seria impossível criaturas pervertidas buscarem a Deus. Nesse ponto creio que estamos de acordo.
Gênesis 3:15 é um golpe mortal no calvinismo fundamentalista. É uma prova irrefutável de que, mesmo o ser humano sendo totalmente depravado (pelo menos nisso o calvinismo acerta um pouco), Deus colocou em nosso interior a capacidade de, pelo poder do Espírito, querermos seguir pelo caminho da salvação. “Quem quiser receba de graça a água da vida” (Ap 22:17).
Sim: minha opinião sobre o assunto é mais abrangente do que a apresentada por Clóvis e, mesmo que ele garimpe em suas respostas algo que possa tentar “me contrariar”, não pode negar esse fato. Conheço-me o suficiente para saber no que acredito.
[Continua...]